Cel. Fabriciano, 20 de abril de 2024

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21 jun
Imagem: internet

Por que algumas pessoas insistem em dizer que os católicos “adoram” Nossa Senhora?

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Pois é, entra ano sai ano, o mundo gira e muda, e nossos irmãos evangélicos insistem em bater na mesma tecla, apoiando-se de maneira fundamentalista em textos bíblicos para afirmar que os católicos “adoram” Nossa Senhora. Obviamente a afirmação carece de fundamentação teológica e doutrinal, uma vez que a Igreja Católica sempre foi muita clara em dizer que devemos venerar com especial dedicação a Mãe de Jesus, jamais adorá-la, já que toda adoração deve ser prestada única e exclusivamente a Deus- Trindade.

Talvez a insistência de algumas pessoas, sobretudo dos evangélicos, se deva em parte pelo fato de que muitos católicos de fato exageram em suas devoções populares, e acabam por destacar demasiadamente o nome de Maria em relação ao nome de Jesus, e isso de fato não é certo. Também há ainda, entre os católicos, a grande confusão sobre os títulos que damos a Maria, mãe de Jesus, e muitos, infelizmente, não conseguem entender que uma só é a geradora na carne de Jesus Cristo, Maria de Nazaré. Dada a vastidão dos títulos marianos que existem, corre-se o risco de criar muitas “santas” diferentes, e pior, corre-se o risco de colocá-la, em pedestais poe ela jamais desejado.

Então como devemos entender a pessoa de Maria na história da salvação, de modo a manter a sintonia com o ensinamento da Igreja? Primeiro, Maria foi escolhida por Deus e por Ele preservada de todo pecado para que pudesse, em sua carne, gerar o Filho de Deus pela ação do Espírito. Há em Maria uma virgindade perene, de coração e de corpo, já que nela tudo aconteceu pelo graça misteriosa de Deus. Sendo mãe na carne, Maria também se tornou filha no amor, sendo a primeira discípula de seu próprio Filho, e seguindo-o em todos os caminhos, inclusive na hora da morte. Durante a vida, Maria demonstrou total fidelidade ao projeto de Deus e participou da missão de Jesus como intercessora e medianeira de graças. Ela sabia que seu Filho Jesus era capaz de resgatar todos os pecadores, e por isso por eles pedia e suplicava.

Por causa de tudo isso, e certa da missão por Deus a ela confiada, Maria permaneceu fiel, e após a Ressurreição de Jesus, foi também ela resgatada em sua humanidade e glorificada. Maria, para nós católicos, é o sinal perfeito da santidade que buscamos, e nela podemos nos apoiar para que busquemos nossa própria santificação. Por isso veneramos Maria, glorificamos suas virtudes, confiamos em sua intercessão. Isso não faz de Maria uma deusa, mas a faz ser o que ela sempre foi: uma mulher abençoada em plenitude, que pela fidelidade a Deus consegue dele obter para nós, pecadores, as graças que tanto precisamos. Para um católico de verdade não pode existir fé em Deus que não passe pelo carinho filial por Nossa Senhora. Mas isso jamais significa que adoramos Maria. Adoração é palavra exclusiva para nossa relação com Deus-Trindade. Maria merece todo nosso amor e veneração!

Fonte: Pe. Evaldo César de Souza, CSSR

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