Cel. Fabriciano, 23 de novembro de 2024

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09 abr
Imagem: internet

Eucaristia: força e vida da Igreja

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Nessa Quinta-Feira Santa, dia da instituição da Santíssima Eucaristia e do sacerdócio ministerial, comecemos recordando um trecho do evangelho de São Lucas, o final do relato dos discípulos de Emaús (Lc 24, 28-35)

28 Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29 Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: «Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando.» Então Jesusentrou para ficar com eles. 30 Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e abençoou, depois o partiu e deu a eles. 31 Nisso os olhos dos discípulos se abriram, e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32 Então um disse ao outro: «Não estava o nosso coração ardendo quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?» 33 Na mesma hora, eles se levantaram e voltarampara Jerusalém, onde encontraram os Onze, reunidos com os outros. 34 E estes confirmaram: «Realmente, o Senhor ressuscitou, e apareceu a Simão!» 35 Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão. 

Jesus se revela a nós partindo o pão. Ele se fez pão vivo na Eucaristia para nos sustentar. Veja que quando os discípulos repartem o pão abençoado por Jesus, o mestre desaparece. E que naquele momento Ele é o pão repartido. Não se pode haver ‘dois Cristos’ no mesmo lugar. O pão e vinho consagrados são verdadeiramente Jesus Cristo e por isso Ele desaparece fisicamente para deixar-se ver naquele pedaço de pão.

Eucaristia é alimento. Ninguém vive sem se alimentar. Para viver, dependemos não só da comida, mas também do pão da fraternidade, do carinho, da justiça. Nessa experiência de repartir o pão de cada dia, seja o pão de trigo, seja o pão da dor ou da alegria, Deus está presente. Celebrar a Eucaristia é também uma denúncia contra a falta de fraternidade que existe no mundo; porque na Eucaristia comemos do mesmo pão, quando na vida falta pão para tanta gente. Acreditamos e celebramos tudo isso na comunhão. A Eucaristia é Deus mesmo se repartindo como pão, na doação de Jesus.

Jesus vai falar de si mesmo como “luz do mundo” (João 8, 12). Na escuridão da fé, a Eucaristia se converte para o fiel em mistério de luz, pois o introduz na profundidade do mistério divino. A celebração eucarística alimenta o discípulo de Cristo com duas “mesas”, a da Palavra de Deus e a do Pão da Vida. Na primeira parte da missa, leem-se as Escrituras para que possamos ser iluminados e possam arder nossos corações. Na homilia, a Palavra de Deus é ilustrada e atualizada para a vida do cristão em nosso tempo. Quando as mentes são iluminadas e os corações ardem, os sinais falam.

Nos sinais eucarísticos, o mistério está em certo sentido aos olhos dos crentes. Os discípulos de Emaús reconheceram Jesus ao partir o pão. A Eucaristia é Cristo real e substancialmente presente. Este mistério tem de ser celebrado com grande fé, segundo as normas litúrgicas estabelecidas. A maneira como celebramos a missa tem de manifestar nossa consciência viva da presença real de Cristo. “Eu creio”, reze assim no seu íntimo, “que Jesus está vivo e presente no Pão e Vinho consagrados no altar”. Amém!

Fonte: Pe. Evaldo César de Souza, CSSR

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